Cena da capital mineira
Para Assis, José Maria Machado
Rua Joaquim Murtinho, 19h, sexta-feira, 4 de julho. Do carro, num engarrafamento no trecho do quarteirão anterior à avenida Prudente de Morais, ouço o diálogo de um casal.
Mesa na calçada, algumas pessoas, poucas, dentro do bar, luzes amarelas e fortes. O casal está sentado em uma mesa na calçada. Os dois bebem. Há uma garrafa de cerveja na mesa.
Ele com o copo na mão, um pouco curvado sobre a cadeira, corpo solto. Ela, empertigada, cabelos enrolados, cara fechada. A conversa é dura.
Ouço, nitidamente, do carro, o diálogo.
- Ah! Margô... (a crioula nem vira o rosto, ele também não tira o olho do corpo)... não esquenta, não. Os rolos meu é tudo antigo. Nem tem nada novo não.
- Eu sou a última mulher ... (ela fala quase afirmativamente, ela não se atreve a perguntar) ... eu sou a última mulher... a entrar na sua vida...né?
- É. Os rolos é (sic) tudo antigo.
Para Assis, José Maria Machado
Rua Joaquim Murtinho, 19h, sexta-feira, 4 de julho. Do carro, num engarrafamento no trecho do quarteirão anterior à avenida Prudente de Morais, ouço o diálogo de um casal.
Mesa na calçada, algumas pessoas, poucas, dentro do bar, luzes amarelas e fortes. O casal está sentado em uma mesa na calçada. Os dois bebem. Há uma garrafa de cerveja na mesa.
Ele com o copo na mão, um pouco curvado sobre a cadeira, corpo solto. Ela, empertigada, cabelos enrolados, cara fechada. A conversa é dura.
Ouço, nitidamente, do carro, o diálogo.
- Ah! Margô... (a crioula nem vira o rosto, ele também não tira o olho do corpo)... não esquenta, não. Os rolos meu é tudo antigo. Nem tem nada novo não.
- Eu sou a última mulher ... (ela fala quase afirmativamente, ela não se atreve a perguntar) ... eu sou a última mulher... a entrar na sua vida...né?
- É. Os rolos é (sic) tudo antigo.