sexta-feira, 29 de junho de 2012

RASTROS





Hoje é talvez.


Amanhã o que vier,


Só, o incerto.


Hoje, ainda falo.




Se em minha vida 


achar o destino,


paro sem querer parar,

corro sem querer correr.





Há um por que

que ninguém responde




Se alguém responde

não sou eu, 


não serei eu.





Há um para quê 


sem sentido.







O que fica é a necessidade.



O homem, 


além da razão,

tem um mundo e o coração.




Homem nenhum 


é ontem ou amanhã

Mesmo que seja depois 


só razão




De repente sei 


que estou 


na hora da vida.






Perto de mim estiveram 


muitas e hoje tem uma.


Uma só e nada mais.




Uma só e eu.






Sem saber

se sozinho 


posso seguir.




Uma é soma 


ou união


ou soma de zeros








De repente sei 


que estou no mundo



(onde fica o mundo?)



Eu sou um extra-terreno?



Um mundo 


extra-mundo?




Um simples, 


um múltiplo

com tudo para ser

uma aranha 


ou uma estrela.








Ninguém me segura,

o mundo não me prende.






Não é coerência.

Eu e o mundo somos,

além de dois,

somos espaços a esmagar

ou a conquistar.




Sucumbir aí 


no meu destino





Eu sigo o mundo,

atrás de tudo 


e sem olhar



“Viva sua vida 


mesmo sem saber”.







É o seu destino.

Eu cheguei e, 

agora, 

mundo, prepare-se




Há um homem


Um homem deixou o seu rastro