Acidental
Rivaldáver, o Grande
Primeiro, o indício
A expectativa, o olhar sem direção
Ao meio da tarde
céu nublado, horas de final de semana
A mulher no ponto
Ela não te entende
nem a sua companheira acidental
Vê o movimento
na descida da avenida
Muita gente que se dissolve
em muita gente
Ninguém é ninguém
É fato, é ela
está bela, está velha
Quedo quieto paralisado
- Estátua
No ponto, a mulher não entende
Parado
Ela passa
Triste?
Não, não a quero (quero?) triste
- Sem pistas
Sua roupa está velha
muito usada
Não é ela!
É ela, está bela.
Está velha.
Ela segue dez metros e desaparece
Em muita gente, muita gente
Gente que se dissolve em gente
Não há ninguém, ninguém.
Observações
Olga: Bonito
João Compor: Indícios
de (do) estilo Titânico
Roberta: Isso ( É fato, é ela/ está bela, está velha) é um
momento? Ou uma vida inteira? Vermelho? Kika? Maria? A sobrinha do Mário
Benedetti? Publique. Estou muito interessada neste tema.
.................