quinta-feira, 25 de julho de 2013

A VIDA E A MULTIPLICIDADE




Acidental

Rivaldáver, o Grande





Primeiro, o indício


A expectativa, o olhar sem direção


Ao meio da tarde


céu nublado, horas de final de semana



A mulher no ponto


Ela não te entende

nem a sua companheira acidental


Vê o movimento

na descida da avenida




Muita gente que se dissolve

em muita gente

Ninguém é ninguém







É fato, é ela

está bela, está velha





Quedo quieto paralisado

- Estátua

No ponto, a mulher não entende

Parado

Ela passa

Triste?

Não, não a quero (quero?) triste

- Sem pistas

Sua roupa está velha

muito usada

Não é ela!

É ela, está bela.

Está velha.




Ela segue dez metros e desaparece


Em muita gente, muita gente


Gente que se dissolve em gente


Não há ninguém, ninguém.












Observações


Olga: Bonito

João Compor:  Indícios de (do) estilo Titânico



Roberta: Isso ( É fato, é ela/ está bela, está velha) é um momento? Ou uma vida inteira? Vermelho? Kika? Maria? A sobrinha do Mário Benedetti? Publique. Estou muito interessada neste tema.








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