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Cândida Laetitiae
Litania da minha paragem
Poesia
feita na margem
Não
procure na cata as pedras sensatas
Não
procure na noite o dia
Não
procure no dia a noite
Seja
sensato
A
NOTÍCIA Como
o vento que dobra o monte
Como
a estrela que brilha só na noite
O jornal folheado,
manuseado Como o amarelo na aquarela infantil
o jornal Como
um caçador
lido e ouvido acerte no maciço hipócrita
o jornal Que
abraça, cumprimenta e sorri gentil
ridículo ridiculari- Deixo
armadilhas nos rastros escritos
zado Que
alarga e estreita na ignorância servil
o jornal Três
atos
de mão em mão Longe da mulher
que requeiro
o jornal por
direito, usufruto e única propriedade
reunindo e dividindo incontestável (ela carrega gravado em
tudo
o jornal o que é meus sinais de identidade, vida
no chão chão ré rolando repetida
o jornal Meu
gesto terminador
tocado pelo vento Como
o fim de uma procura
Como
o vermelho da tarde
Como
a aranha e a sua presa
V hoje pode descer As
verdes cores que fazem a lagoa-verde
Não probo são
imagens, são paisagens
Nem seguro embora
insistam ser tinta no pincel
Sambar está em v que
faz a tela
Sambar é um pouco do e
o contorno de imagens belas
existir próximo
do gesto significante
É confete, sonho, fantasia e
de mim, sempre amante.
Se acaso v se perder
Na roda de samba sumir Lagoa 2
Noutro carnaval a gente se vê As
vermelhas cores que carregam a
Lagoa-alegre
A mulata desceu estão
animadas pelas paisagens
Sambou bonito pelos
sangues virginais
Todo mundo gostou pelos
vestígios de uma lua-tímida
Do seu jeito que
vestida de nuvens velozes
Do seu balançado corre
no céu
Do seu sustento core
devagar
Pros sonhos da gente corre
depressa
A
cada nudez
Parece que o carnaval não
acabou a cada
mergulho
Ele se mandou
Nem para o samba voltou Vou
correr na tarde fria
Sem
agasalhos
Tem gente que viu a nega Vou
lançar-me na noite
noutras bandas, sambando, dançando negra
Dizem que ainda é o mesmo gingado sem
dormir
Dizem que é a mesma
Pergunta até por mim -
tá muito bom!
Quero que ela volte para o samba no morro
E dê um pulo no meu coração