
O incenso do palácio
Janela fechada
chuva e incenso
lá fora, a água e o barulho da água
sutil, a fumaça é fragrância,
é perfume, é calor
aquece e afaga
toda a roupa ganha
do perfume
os corpos também
do perfume
ganham
essência de prazer
não é festim
é penumbra e não é silêncio
porque lá fora
há o cheiro da água e do chão,
da folha e da árvore
porque da madeira da água
em queima lenta
sutileza e suavidade ocupam
corpos e espaços
não há mais vazios
eu e você e o ar
lá fora, o som, a umidade e o frio
a chuva também.
Janela fechada
chuva e incenso
lá fora, a água e o barulho da água
sutil, a fumaça é fragrância,
é perfume, é calor
aquece e afaga
toda a roupa ganha
do perfume
os corpos também
do perfume
ganham
essência de prazer
não é festim
é penumbra e não é silêncio
porque lá fora
há o cheiro da água e do chão,
da folha e da árvore
porque da madeira da água
em queima lenta
sutileza e suavidade ocupam
corpos e espaços
não há mais vazios
eu e você e o ar
lá fora, o som, a umidade e o frio
a chuva também.