quinta-feira, 25 de março de 2010

VIDA CELULAR

















Não me pergunte onde eu estou

e nem para onde eu vou.




Se você me pergunta onde estou,




digo sempre que estarei onde não estou




que estou na Cochichina, no Japão,


ou na pequena




WiWiBa, no Sri Lanka,

antes, Cei Lá, sei lá,

talvez estivesse mesmo é no Barreiro





Para onde vou,


vou para todos os lugares onde não estou




onde já estive









Não tente me controlar à distância




Monitorar-me





Não sou capaz de submeter-me mais





Cansei da possessão




Desse olhar dividido




entre o amor e a loucura




Nunca amor por mim




Amor só pelo domínio





Seus objetivos primeiros e permanentes




Já que não sabe amar




Senão com o controle no remoto amor