terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

EM CIMA DO MUNDO





Um abeto perdido




O que este abeto faz aqui?

Que caminhos andou até aqui?

Quem o conduziu?

Quem o traduziu por tanto querer bem?



Vens me dizer, então,


que vieste sem mais nem menos...


Deu vontade, mudança de ares,


sem outras razões


Além das razões do sentir


veio parar nestas terras



No meio de palmeiras e buritis


que se erguem majestosos como bandeiras


Alguém acenando o verde


Alguém, alguma amante


ou amantes, 


que não o quis


abandonar, 


trouxeram-no de um lugar distante


Alguém lhe dá vida e vigor


Senão terias sucumbido