quarta-feira, 20 de março de 2013

SER É O TEMPO






Ser é nada






Como tudo é tão misterioso, Dininha?

Até hoje não sei porquê



Cadê tua filosofia?

Vem me falar de tua segurança

Eu gosto de ouvir

Ver tua palavra desenhando no ar

bugigangas e mulambos





Sabes que tens os lábios

mais moles      

da rua?




Quando a noite nos surpreende...

Quando os dois ficam na cama...

Quando a salada tem mais abacaxi...




É tão ruim     

estarmos tão próximos da luz    



Até a noite grita um susto na esquina   

formada por nós dois







Como tudo é tão misterioso, Dininha?


Até hoje, cadê?


Nossa noite perdida, cadê?







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