A canção cigana
A canção que trago
É para
os ausentes
É
canção sem palavra
É
um gesto sem corpo
É
emoção sem vida
Canção
a devolver-nos silêncios
depois
de um dia
depois
do alimento
depois
do amor
Céu
amarelo
Meu
céu
Em
farelos
Céu
claro
Claro
céu
Das
lâmpadas
De
corredores subalternos
Passos,
passos
martelam
os pisos
e o
mármore
Ninguém
Toc toc toc toc
Cicatrizes
dos
corredores subalternos
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