O começo
da maturidade
da maturidade
Amil, Amílcar Peres
Quase aos 80
anos,
me descobri
sensível,
poeta,
(nem tanto).
Com certeza,
versejador.
Hoje,
faço versos
e faço dobradinha
com feijão
branco.
Das tripas ao
manjar
de deuses e
gagás.
Precocidade
senil (?)
tão igual
àquela
adolescência
precoce
quando
“até beijo
de novela me faz chorar”,
como lembra
o compositor,
tão velho
aos 30 anos
(maturidade
precoce?)
André Gorz e sua mulher Dorine:
“Você está para fazer oitenta e dois anos.
Encolheu seis centímetros,
não pesa mais do que quarenta e cinco quilos
e continua bela, graciosa e desejável.
Já faz cinquenta e oito anos
que vivemos juntos,
e eu amo você mais do que nunca.
De novo, carrego no fundo do meu peito
um vazio devorador que somente
o calor do seu corpo contra o meu
é capaz de preencher”
“Você está para fazer oitenta e dois anos.
Encolheu seis centímetros,
não pesa mais do que quarenta e cinco quilos
e continua bela, graciosa e desejável.
Já faz cinquenta e oito anos
que vivemos juntos,
e eu amo você mais do que nunca.
De novo, carrego no fundo do meu peito
um vazio devorador que somente
o calor do seu corpo contra o meu
é capaz de preencher”