sábado, 11 de janeiro de 2014

SOMOS TÃO JOVENS






O começo 

da maturidade


Amil, Amílcar Peres



Quase aos 80 anos,

me descobri sensível,

poeta,

(nem tanto).




Com certeza,

versejador.





Hoje,

faço versos

e faço dobradinha

com feijão branco.

Das tripas ao manjar

de deuses e gagás.





Precocidade senil (?)

tão igual àquela

adolescência precoce

quando

“até beijo de novela me faz chorar”,

como lembra o compositor,

tão velho aos 30 anos

(maturidade precoce?)











André Gorz e sua mulher Dorine: 

“Você está para fazer oitenta e dois anos. 

Encolheu seis centímetros, 

não pesa mais do que quarenta e cinco quilos

e continua bela, graciosa e desejável. 

Já faz cinquenta e oito anos 

que vivemos juntos,

e eu amo você mais do que nunca. 

De novo, carrego no fundo do meu peito 

um vazio devorador que somente 

o calor do seu corpo contra o meu 

é capaz de preencher”