Da Festa e da Música
À Alegria
Friedrich Schiller
“Feliz
de quem alcançou
ser-se
amigo de um amigo
Quem
doce dama ganhou
jubile-se
comigo
Alegria
bebem todos os seres
No seio
da Natureza;
Todos
os bons, todos os maus,
Seguem
seu rastro de rosas.
Ela nos
deu beijos e vinho e
Um
amigo leal até a morte;
Deu
força para a vida aos mais humildes”
À Alegria de Johann Christoph Friedrich von Schiller
O jovem Tror
quis ser escritor. Decidiu. Ser escritor e viver.
Escreveria a
vida e a vida de um homem bom.
Protótipo do
homem que chegaria em um tempo de paz, de entendimento, de harmonia.
Este homem -
enfim, todos os homens - seria não um modelo.
Todos seriam,
exatamente, homens bons.
Homens bons
seriam homens dotados da compreensão.
É quando não
há mais necessidade de perdão e nem de grandes gestos heroicos – não há mais
guerras e assassinatos.
Não mais se
registram nem nas imaginações nem nas histórias, nem nos romances e nem nas
poesias nenhuma violência humana.
Quando o épico
é a glória da alegria e da amizade. .
Ele queria ser
este homem. Já, agora. Agora e sempre.
Viver, enfim,
o que seria a vida de um homem bom.
Não tinha
modelo.
Nada, e
ninguém antes, chegou perto deste homem que ele imaginava num futuro – que ele
queria agora e realizá-lo.
Não era um
inocente, um bobo, nem O Idiota.
Queria apenas
a inocência e a pureza do belo gesto, da bela vida a ser vivida.
Mesmo que ao
seu lado, a vida era outra.
Vidas vividas
em meio a tantos conflitos e sangue.
Acreditava, na
pura inocência, que com escritos poderia mudar tudo isto.
Não mais
guerra. Não mais assassinatos.
Começaria por
aí.
A diferença
seria a diferença das pessoas e não da posse de cada pessoa.
A riqueza
seria a riqueza da vida saudável e de avanços de conhecimentos que se
multiplicavam por todos os homens, em todos os homens.