domingo, 22 de julho de 2018

A VITÓRIA






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Da Festa e da Música



Horácio Paton






À  Alegria

Friedrich Schiller



“Feliz de quem alcançou
ser-se amigo de um amigo

Quem doce dama ganhou
jubile-se comigo

Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza;
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.

Ela nos deu beijos e vinho e
Um amigo leal até a morte;
Deu força para a vida aos mais humildes”



À  Alegria de Johann Christoph Friedrich von Schiller












O jovem Tror quis ser escritor. Decidiu. Ser escritor e viver.

Escreveria a vida e a vida de um homem bom.

Protótipo do homem que chegaria em um tempo de paz, de entendimento, de harmonia.

Este homem - enfim, todos os homens - seria não um modelo.

Todos seriam, exatamente, homens bons.

Homens bons seriam homens dotados da compreensão.

É quando não há mais necessidade de perdão e nem de grandes gestos heroicos – não há mais guerras e assassinatos.

Não mais se registram nem nas imaginações nem nas histórias, nem nos romances e nem nas poesias nenhuma violência humana.

Quando o épico é a glória da alegria e da amizade. .

Ele queria ser este homem. Já, agora. Agora e sempre.

Viver, enfim, o que seria a vida de um homem bom.

Não tinha modelo.

Nada, e ninguém antes, chegou perto deste homem que ele imaginava num futuro – que ele queria agora e realizá-lo.

Não era um inocente, um bobo, nem O Idiota.

Queria apenas a inocência e a pureza do belo gesto, da bela vida a ser vivida.

Mesmo que ao seu lado, a vida era outra.

Vidas vividas em meio a tantos conflitos e sangue.

Acreditava, na pura inocência, que com escritos poderia mudar tudo isto.

Não mais guerra. Não mais assassinatos.

Começaria por aí.

A diferença seria a diferença das pessoas e não da posse de cada pessoa.

A riqueza seria a riqueza da vida saudável e de avanços de conhecimentos que se multiplicavam por todos os homens, em todos os homens.






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