No dia da mentira
Nasce a ditadura. Na avenida tropas do exército, notícias de
prisões e de grupos civis armados em ações para-militares.
Prendem, perseguem e matam.
O golpe militar acontecido no final de março princípio de
abril de 1964, na realidade foi no dia 1o de abril, dia da mentira.
Para evitar a galhofa, recuaram um dia na data do golpe para
denominá-lo de revolução, a Revolução de 31 de Março e o este dia tornou-se a
data oficial para as comemorações da “Revolução de Março de 64”.
Duas eram as questões fundamentais para a imagem do que
havia acontecido: a primeira escapar do dia da mentira e a segunda jamais
admitir que o golpe de Estado fora um golpe mas dar-lhe a definição de uma
revolução.
Por que estas estranhas preocupações e o que elas geraram no
curso do próprio acontecimento político.
Golpe? Não. Uma revolução.
Estranha esta preocupação dos militares golpistas, pois
haveria a suspeita de não coincidência da data.
Era um momento delicado, onde o desencontro das
informações contava dentro das concepções golpistas como atividade
diversionista básica, necessária para confundir adversários e inimigos.
Um de seus teóricos
afirmava que a função da comunicação era
desinformar,
confundir
e mentir...
Em 2018, Golbery renasce no WhatsApp