quarta-feira, 21 de abril de 2010

TODA A ALMA

Dante, Virgílio







Virgílio, Horácio






















A poesia te salva,


Ela é forte, é guardiã,


ela combate teu estresse.






Ela alivia tuas dores,


ela faz pensar


mais profundo


e ritmado






Não te deixa esquecer


o amor que acabou






(Todos devem esquecer


o amor que já acabou)






A poesia é remédio


Para tuas dores






Ela é salvação


quando perdes no claro


quando te encontras no escuro










Ela se desenvolve


sem pedir


sem exigir






 



Vem quando calado


falo ao teu coração


de medos,


de coragens






Quando falas da violência


em que tu te encontras


perdido e das flores


em tuas mãos






Surpreende-te e rigorosa


exige medida


impõe sons


troca palavras


exige rigor










Outras vezes, deslavada


é a mais doce das putas










Drica, Drica, Drica










Outras vezes dengosa


espraia-se em todo o corpo


e é perdida, doida, fugaz














Outras vezes,


como uma santa,


imita Cecília


Confunde teus olhos


teus ouvidos














Como um orvalho que cai em agosto


ela diz poemas e sonhos


e transforma um ser estupefato


na embriaguês da compreensão.










Delirante,


ela é tudo para ti


desde o desembarque


na cela da Marechal Âncora


em versos difíceis,


eruditos, instigantes


nos mesmos infernos


de todos os tempos.










Era só poesia










Um momento de crescer


amar e viver.


De sempre,


sobreviver.










E conseguistes.


Conseguistes, sim,


e eu acredito