Dante, Virgílio
Virgílio, Horácio
A poesia te salva,
Ela é forte, é guardiã,
ela combate teu estresse.
Ela alivia tuas dores,
ela faz pensar
mais profundo
e ritmado
Não te deixa esquecer
o amor que acabou
(Todos devem esquecer
o amor que já acabou)
A poesia é remédio
Para tuas dores
Ela é salvação
quando perdes no claro
quando te encontras no escuro
Ela se desenvolve
sem pedir
sem exigir
Vem quando calado
falo ao teu coração
de medos,
de coragens
Quando falas da violência
em que tu te encontras
perdido e das flores
em tuas mãos
Surpreende-te e rigorosa
exige medida
impõe sons
troca palavras
exige rigor
Outras vezes, deslavada
é a mais doce das putas
Drica, Drica, Drica
Outras vezes dengosa
espraia-se em todo o corpo
e é perdida, doida, fugaz
Outras vezes,
como uma santa,
imita Cecília
Confunde teus olhos
teus ouvidos
Como um orvalho que cai em agosto
ela diz poemas e sonhos
e transforma um ser estupefato
na embriaguês da compreensão.
Delirante,
ela é tudo para ti
desde o desembarque
na cela da Marechal Âncora
em versos difíceis,
eruditos, instigantes
nos mesmos infernos
de todos os tempos.
Era só poesia
Um momento de crescer
amar e viver.
De sempre,
sobreviver.
E conseguistes.
Conseguistes, sim,
e eu acredito