As mangas, a jaca, as facas
Na rua, depois da chuva, de uma jaqueira carregada, depois de uma mangueira, também carregada de frutos grandes e maduros, caiu uma jaca, ao lado de um taxista, e caíram também três mangas, uma aproveitável, madura mas dura.
Apanhei uma manga espada, bonita e grande, a maior estava mole e partida pela queda.
No momento em que a jaca caíra, eu corria. O taxista concluiu que eu corria por causa da jaca. Não era.
Vi que o taxista era assaltado por um motoqueiro que lhe roubava a jaca.
Nas esquinas, em volta, as pessoas se aglomeravam.
Acompanham de longe o assalto. Eu me aproximei.
O taxista erguia o braço direito e expunha uma faca que ficara enfiada em seu braço e afirmava
“Por causa de uma jaca!”.
Um homem aproximou-se por trás do motoqueiro e enfiou-lhe uma faca nas costas.
O motoqueiro tinha outra faca e enfrenta o homem que entrara em defesa do taxista.
Ele agora observa de perto a luta.
Os dois homens lutam, cada um, com uma faca na mão.
O motoqueiro cai atingido na garganta.
De repente, como nos filmes de terror e suspense, ele cai e levanta com outra faca.
Esta é uma faca grande, dourada...